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Entrevista com Olavo de Carvalho



O "Dicionário Crítico do Pensamento de Direita", publicado em 2000 pela Editora Mauad, prova, acima de qualquer possibilidade de dúvida, até que ponto seus cento e vinte autores -- todos eles professores universitários bem cotados na intelectualidade esquerdista -- ignoravam a bibliografia essencial do assunto em que opinavam com ares de grande autoridade científica. 
Meus artigos subsequentes e a intensa atividade editorial desenvolvida por vários alunos meus provam que fomos nós e somente nós que corrigimos essa deficiência, colocando à disposição do público universitário não apenas os dados bibliográficos faltantes, mas as próprias obras citadas -- centenas delas, sem as quais a pretensão de dar lições sobre "o pensamento da direita" constituía nada mais que um show de INÉPCIA E CHARLATANISMO como jamais se vira antes nos anais da vida acadêmica universal.
Muito dos culpados passaram, nos anos seguintes, a citar aquelas obras faltantes, mas fingindo conhecê-las desde sempre, sem confessar nem o flagrante delito em que haviam incorrido, nem o débito que haviam contraído para com o grupo de estudiosos que, sem nenhum apoio acadêmico, havia cumprido por sua própria conta o dever que O ESTABLISHMENT ACADÊMICO INTEIRO havia falhado em cumprir. Esse episódio, por si, e sem contar centenas de outros observados nos últimos anos, é a prova cabal de que o ensino de filosofia e ciências humanas nas universidades brasileiras é nada mais que uma fraude, um desperdício criminoso de dinheiro público.

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